sábado, 3 de julho de 2010

Só quer ser o caminhão do lixo

Notícia base: http://meiobit.com/69063/internet-kill-switch-nao-e-ativo-nacional/
__________________________________________

Caso recorrêssemos ao dicionário informal e encontrássemos o significado para expressão do título desta postagem, encontraríamos algo assim: aquele que pensa/quer ser o mandante de tudo. Se aplicássemos isso ao contexto da notícia base, seria, assim, ou os EUA, "representado" pela figura de Lieberman. Sinto muito: só lendo a matéria para entender o que quero dizer. A internet, desde que surgiu, é uma rede, e, como tal, foi feita para ser utilizada e aproveitada. Com o passar do tempo, passou a ser um emprego da tão valiosa liberdade de expressão. Nesse sentido, o termo "dono da internet" soa estranho e, de um certo modo, inadequado, mesmo porque uma rede, pelo menos em termos técnicos, não possui donos, e sim, administradores. Uma outra ressalva a ser levantada é a seguinte: em tempos de crise, o que não falta são criticas e opiniões (o mensalão que o diga), as quais devem ser expostas, de modo que haja uma posterior tomada de decisão racional e livre de alienações. Nessa sequência, atentemo-nos, pois, ao seguinte trecho da notícia:

"Não menos estancado é um dos focos da lei, que objetiva dar ao Presidente do país autoridade suficiente para simplesmente derrubar toda a Internet se assim ele achar necessário em um estado de emergência."

Antes de tudo, vamos pensar o seguinte: o que vem a ser um estado de emergência? E que tipo de emergência é essa: natural, econômica, política? Há controvérsias (e ambiguidades). Se concentrar algo poderoso nas mãos de um só (seja pessoa, seja grupo) já nos faz recuar o pé, a justificativa usada para isso "dá uma ré maior ainda". Uma pergunta em meio a tudo isso: o que a internet tem a ver com estado de emergência, a não ser publicar opiniões e mais opiniões? Se for algo relativo a desastres naturais, nem adianta, pois sempre haverá alternativas. Além disso (corrijam-me se estiver errado), ainda não foi registrado nenhum ataque cibernético em nível mundial. Cuidado: eu disse mundial, e não nacional. Desse modo, volto a dizer (e, novamente, corrjam-se caso houver equívocos): a atitude em pauta mostrou-se altamente imperialista, e, como disse no twitter, com traços absolutistas, sendo isso algo que devemos tomar cuidado, pois afeta nossa liberdade de expressão. Fica, assim, a torcida para que o projeto não seja homologado e que um ato um tanto egoísta (ou não) e, de um certo modo, aterrador como esse não se repita.

Nestes argumentos todos, lanço uma reflexão: estando nós, brasileiros, em ano de eleição, devemos pensar quantas vezes forem necessárias antes de escolher o candidato digno de nosso voto, uma vez que este, quando eleito, assim como Lieberman, também montará projetos (não como esse, assim espero), assim como todo político faz, refletindo seus desejos para o país. Portanto, caros leitores, escolhamos com sabedoria, de modo a evitar coisas assim no Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário