Bom dia (caso
seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores!
definitivamente,
este blog está “nas tralhas” (conforme também ficara o saudoso
blog do arroto um tempo desses). isto é o que dá ficar muito tempo
sem postar. mas enfim, eis que bateu-me um insight e,
finalmente, disposição para escrever. segue, então, o post abaixo.
só um detalhe: eu tentei me basear no silvio meira [grande homem
esse, recomendo sem medo o blog dele “dia a dia, bit a bit”, é
excelente] way of writing (cito logo isso para evitar
problemas futuros). sinceramente, não sei se ficou legal. qualquer
coisa, basta comentar. sem mais delongas, vamos ao texto:
“assanoite”
[1] estava eu assistindo o programa “conta corrente”, que passa
na globo news, e um comentarista disse o seguinte: “o mundo
acadêmico está na faixa de uns 20 anos de atraso em relação ao
corporativo” [2]. o jornalista, inclusive, chegou a citar como
exemplo uma crise que ocorrera tempos atrás [3] a qual só fora
analisada por harvard bem depois, e quando todo mundo já a entendia
por completo, outra já havia estourado (a de 2008).
frase de chamar
à atenção, moderadamente. conforme dizia o chaves, “não foi lá
de chamar muuuita, de deixar todos boquiabertos etc”, porém
deixa-nos uma reflexão. é o se guinte: é óbvio que essa latência
[4] existe! sempre existiu! e NÃO vai deixar de existir! e, de certa
forma, isto pode até ser bom [5]. vamos explicar:
a base para o
que digo encontra-se numa frase que escutei de um professor quando
estava no primeiro período da faculdade: “o objetivo da
universidade é repassar aos alunos os fundamentos teóricos
da área de atuação do curso” [6]. sentença pequena, mas que diz
muita coisa.
acredito que
você, caro leitor, está cansado de saber [e o deve saber até mesmo
mais do que o autor deste post] o quão dinâmico está o mercado de
trabalho hoje. se fossemos falar de TI (tecnologia da informação),
setor no qual estou em formação, veríamos que está desumanamente
mutável. e o que acontece? o jovem, ao entrar numa IES, acha que
aprenderá tudo o que está acontecendo de bom neste mundo hoje nas
cadeiras universitárias ao longo dos seus anos de estudo. o engano
mora aqui, e dele vem a assertiva acima.
pelo elevado
nível de dinamicidade dos dias atuais, não dá para abordar tudo
[7] em sala de aula. no entanto, para se entender esse mundo de
coisas que estão entranhadas no mercado de trabalho, deve-se ter uma
base. uma fundamentação teórica, sendo justamente
isto o que as IES oferecem. e com qualidade. vamos exemplificar, de
início, com TI:
a cada dia
surgem cada vez mais soluções em tecnologia: sistemas de gestão
empresarial, aplicativos de “criação”, gerenciamento e controle
de redes, ferramentas de segurança, modos de cuidar da
infra-estrutura tecnológica de uma empresa etc. abordar tudo isso,
por exemplo, em uma graduação, pode ser até algo que não valha à
pena, pois gastar-se-ia muito tempo para repassar tudo com qualidade
ao discentes e, ao final deste período, apareceriam certamente novas
tecnologias que “substituiriam” por completo tudo o que fora
aprendido.
um detalhe que
poucos veem, no entanto, é que todas essas inovações, se
observarmos bem, tem suas concepções alicerçadas nos fundamentos
teóricos postulados desde o início da computação, ou podem se
constituir como um contraponto a estes, salientando-se, claro, que o
conhecimento da teoria permitirá, pois, uma comparação do velho
com o novo, resultando, assim, em um melhor processo de compreensão.
outra coisa que
poucos percebem é algo que os docentes vivem dizendo: “procure por
fora”, “aprofunde-se no assunto” etc. eles dizem isso não
porque querem aumentar tua carga de estudo, mas por saberem que o
conhecimento repassado em sala de aula é aplicado na realidade de
modo “diferente” do que é visto em sala, sendo importante
estabelecer tais relações. exemplos práticos: PMBOK [8], SCRUM [9]
etc. nada mais possuem do que um grande bloco de engenharia de
software por baixo a partir do qual ambos “fazem seus
nomes”. e quem é que não vê o termo em cursos de computação?
em suma: a
universidade não está 20 anos atrás do mercado por acaso. este
número pode diminuir? claro: isto está acontecendo, mesmo que em
doses homeopáticas. o que quero deixar aqui é que dedicação às
disciplinas com real vontade de aprender aliado à
atenção ao respectivo mercado atual da área, observando o
que está sendo utilizado e trabalhado é a chave para uma
boa formação e preparação para qualquer aluno de
qualquer curso. e dá certo. é interessante que dê. o
mercado, queiramos ou não, exige isso. queremos isso. Agradeço a
paciência e um bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite
(sendo).
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Notas
[1] significa
"esta noite". vô costumava empregar o termo. escutem os
idosos, eles
tem muito o que nos ensinar.
[2] frase
ADAPTADA. como ele expressou isso na TV, e eu não estava com lápis
e papel na mão na hora, não deu para transcerver fielmente. a não
ser a ideia.
[3] fora uma
que ocorrera antes da de 2008
[4] significa
"atraso". o termo é muito utilizado na área da
tecnologia, mais em "transmissões ao vivo".
[5] é claro
que também pode ser ruim, mas isto não é o foco do post.
[6] setença
adaptada por motivos parecidos aos explicitados no item [2].
[7] Ou melhor,
quase tudo. muitas cadeiras universitárias conseguem explanar aos
alunos o cenário atual sobre muitas coisa...
[8]
www.pmi.org/
[9]
www.scrumalliance.org/learn_about_scrum/
e http://www.youtube.com/watch?v=xa-C0No2Uic