quinta-feira, 15 de julho de 2010

Pay Day II


Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores! E lá vou eu cumprindo mais uma promessa feita no twitter (talvez eu deva parar com isso [ou não]). E para situar você na situação, vamos à notícia base: o Jornal do Brasil, há mais de 119 anos em circulação, deixou de ter a versão impressa, possuindo, portanto, apenas a versão digital. Quando o Olhar Digital (fonte da notícia) a publicou via twitter, colocou assim: “Mais um que se vai”. Ou seja: este não é o primeiro (nem o último [veremos depois porquê]) a fazer isso. Ao saber do fato à primeira vista, alguém pode tomar, ainda que pequeno, um susto, mas devemos entender o seguinte: trata-se de um fenômeno que começou há pouco e cuja tendência é continuar (ou não, pela sua “polêmica” [veremos também o porquê]). Até meados da década de noventa, a comunicação era feita praticamente através da fala, do rádio, da televisão e em papel. Em relação a este último, afirma-se que ficara eternizado pelo seu uso na publicação de revistas, jornais, alguns anúncios etc. Sua dependência sempre fora evidente e, muitas vezes, total, e sua utilização, quase tão comum quanto comprar pão na padaria. Paralelo a isso, as redes de computadores estavam sendo desenvolvidas em grandes centros universitários, sendo seu uso, na época, restrito a tais lugares. A partir do “lançamento da internet ao público” (simbolizado pela criação do www), a internet (maior rede de computadores existente), chegava as massas, e, ainda timidamente, começa a definir seu nome na boca do povo. O tempo passou, a internet ficou mais poderosa, mais popular e embutiu em nós uma dependência tão grande quanto a do papel no passado. A consequência disso é que vivemos, hoje, na era da informação, do encurtamento das distâncias, entre outras “qualidades” mais que podemos apontar a estes “tempos modernos”. Pois bem, passamos cada vez mais tempo na internet, vendo de tudo, de todas as relevâncias. O efeito disso: EM CERTOS CASOS, estamos passando cada vez menos tempo em frente a um... papel (seja livro, revista etc.)! Queiramos ou não, jornais, revistas, editoras etc. Também são empresas e, além do lucro, precisam de público leitor, pois através dele dá para atingir um outro lucro: o “de influência” (ou algo assim, vulgo fama). O resultado disso? Notícias como a que acabamos de ver no início post, e até mesmo sua própria existência. O RSS, o termo “portal de notícias” (e sua própria existência), não surgiram do nada, são todos uma “extensão da realidade”. Além de tuuudo isso, há (ou pode existir) aqueles que defendem essa tendência, e alegam bastante coisa (“economia de energia”, menor derrubada de árvores [pois menos papel será gasto], dentre outras coisas).

Bem, no meio disso tudo, eu, que nasci em 92, posso dizer uma coisa: caso isso se alastre e torne-se “uma epidemia”, vai dar saudade do tempo em que se pegava uma revista e ia ler, do tempo em que folheava-se páginas de um livro, no tempo em que se pegava livros para ler, ver a capa do livro, a “arte”, as folhas... eram sensações diferentes, era algo mais “natural”, do tipo “só 'agindo' para saber”. Hoje as coisas são diferentes, mas direcionadas a visão, parece que o tato perdeu um pouco seu significado... é como eu disse: talvez as pessoas [pelo menos as mais velhas] sintam saudades desse tempo... e você, o que acha?

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