segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Poema para O Horto


Antes de ler “O Horto”
Escute bem o que vou lhe falar
Pois um extremo cuidado
Tu deves tomar
Você está prestes a ler
Uma obra singular
Da mestra Auta de Souza
A poesia potiguar

Antes de pegar no livro
Tenha a certificação
De que não tristeza nem depressão
Dentro do seu coração
Caso contrário vá procurar
Outra coisa para fazer
Pois se persistir na leitura
Poderás morrer

Pois mesmo sendo Auta
E ter o céu risonho
Sua vida foi repleta
De momentos tristonhos
Os quais com a amargura do fel
Passou da pena para o papel
E o resultado de tais ações
É o livro que tens em “mões”

Dos mais variados estilos
Auta soube utilizar
Seu verso no entanto
É original e espetacular
Tanto que até Olavo Bilac
Atreveu-se a elogiar

Não se precipite
Em de Auta de Souza alguma coisa achar
Pois tudo o que aprendera na arte de escrever
Procurou em totalidade aplicar

Boa sorte na leitura
Prezado vestibulando
Leia bem, com atenção
Mas cuidado com sua mente
E com o coração

sábado, 4 de setembro de 2010

Carta Argumentativa


Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores! Apresento-vos neste humilde blog uma carta argumentativa que produzi tendo como base uma proposta de redação lançada no blog Central das Letras. Boa leitura a todos, e quem quiser corrigir, corrija a vontade e mande depois as correções para este e-mail. Agora, chega de lero e vamos lá:
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Currais Novos, 02 de setembro de 2010

Prezado Pena Morta,

    Soube, recentemente, do teu posicionamento sobre a questão de implantar a pena de morte em nosso país. De fato, tal ação mostrar-se-ia significativa para nossa realidade, dado que a eliminação de criminosos poderia, sob certo ângulo, trazer um estado de paz mais garantido à população. No entanto, admito que não simpatizo com tal ideia e, nesta perspectiva, listo abaixo os principais motivos fortalecedores deste pensamento.
    O primeiro deles consiste no próprio direito à vida: quando se comete um crime hediondo capaz de afetar drasticamente a vida de uma família, por exemplo, torna-se claro que o indivíduo praticante do ato desmerecera a maior das dádivas. Todavia, pergunto-lhe: quem somos nós para decidirmos a retirada em questão? Seríamos, pois, capazes e sábios o suficiente para tomar esta decisão? A meu ver, acredito que não, posto que, assim como o infrator, estamos em condições humanas, não sendo, então, ao olhar do criador, melhores ou piores. Dessa forma, a inviabilidade de promulgar a pena de morte fica evidente.
    Diante destas explicações, também afirmo que, estando o criminoso em condições, em se tratando do plano jurídico e natural, iguais a nossa, também é sabido que é possível realizar em cima daquele, ainda em regime de prisão, um tratamento psíquico-social com vistas a reintegrá-lo à sociedade, descartando, assim, a opção de homicídio.
    Quando tive contato com suas opiniões, vi que acreditava na pena de morte como um valor exemplativo bastante para coibir a brutalidade humana. Em relação a isso, devo avisar-lhe que também discordo desta afirmativa, visto que a morte do acusado, em determinadas vezes, pode servir muito bem de inspiração para outros, tendo em vista sua posição de “mártir”, tornando, desse modo, a promulgação em questão uma atitude, em certos casos, insensata. Ao invés disto, poder-se-ia aplicar a prisão perpétua, em virtude do fato de não gerar tantas divergências como a outra. Afinal, se matar é um crime, por que utilizar-se de um matar para condenar outro?
Sem mais,
Paradoxo Penal.