domingo, 12 de maio de 2013

Uma estória [surreal] de MMORPG


Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores! Pensei esses dias em fazer uma estória, vamos ver como vai ser, lá vai:

Uma estória [surreal] de MMORPG

Por Inácio Medeiros

Alice, mais uma jovem apaixonada por internet e, por incrível que pareça, por jogos, depara-se com um MMORPG que lhe prende a atenção à primeira vista, mesmo apresentando uma condição deveras estranha: era obrigatório que o personagem fosse controlado não por um jogador, mais por dois, e tinha mais outra restrição no meio: os dois players deveriam ser de sexos opostos. Vai entender a cabeça do Desenvolvedor...

Mesmo com toda esta estranheza, Alice aceitou o desafio, e chamou um amigo, Bob, para jogar com ela. De início, tudo ocorre normalmente: escolhe-se o tipo de personagem (guerreiro, mago, sábio etc.), tem-se as características (ataque, defesa, energia etc.), e tudo o mais que um bom MMORPG pode oferecer. Nos primeiros meses, a atenção ao game e, principalmente, aos personagens, é total, o jogo é viciante. E todo esse alto fervor mantém-se estranhamente o mesmo com o passar dos anos (afinal, o “natural” é a pessoa “abusar” um pouco do jogo com o tempo). E quando se diz ao longo dos anos, é ao longo dos anos MESMO. Após 15 anos jogando aquele MMORPG, a paixão de Alice e Bob (pelo jogo e, principalmente, pelo personagem criado), permanece a mesma desde a época em que começaram...

No entanto, algo de estranho começa a acontecer, sendo algo que já começou a dar seus sinais a partir de 10 anos de jogo: o personagem já não “obedece” tanto aos comandos dos jogadores: eles comandam o personagem para ir à esquerda, e ele vai para a frente, passando a ir para esquerda somente com muita insistência por parte dos jogadores; Alice comanda que ele ataque com uma espada, e o personagem inicia o ataque com um machado. Bob reforça o comando de atacar com espada, mas o personagem meio que não dá ouvidos. Alice e Bob acabam desistindo, o machado é empregado. Apesar do resultado ter sido “satisfatório”, o personagem sai com vida e energia debilitadas, e lá vão eles “comprar poção” para curar (quantas poções não tiveram de ser compradas para reparar essa insistência do personagem, quanto dinheiro não teve de ser angariado para tanto).
Mas por incrível que pareça, a referida paixão continua exatamente a mesma após tantos anos de jogo, mesmo com a dificuldade [do jogo, dos desafios] crescendo um pouco, e o personagem ficando cada vez mais “desobediente”. Após 20 anos do início do jogo (este jogado todos dias, tanto que Bob acabou indo morar com Alice), os jogadores percebem o seguinte: eles perderam totalmente o controle no personagem, ele está totalmente autônomo.

Obviamente, em todos esses anos, Alice e Bob buscaram uma resposta para isso: tentaram contatar a empresa dos jogos, o Desenvolvedor do game, mas as únicas respostas obtidas foram por sinais...

Mesmo perdendo o controle total, os dois obstinados jogadores não desistiram do jogo, mesmo que tendo, na maioria das vezes, assistir o personagem fazer tudo... e o mais estranho ainda:

  1. A paixão pelo game, e principalmente pelo personagem, não diminuiu nem um pouco.
  2. Mesmo o personagem ferindo-se gravemente nas batalhas, os jogadores ainda tentavam comandá-lo para tomar poção, ou ainda prover algum dinheiro para compra (o jogo possui mecanismo pelo qual o jogador enviando dinheiro de verdade para a empresa, esta grana será convertida em dinheiro do jogo);

E Alice e Bob continuaram jogando este bendito jogo, com o mesma estranha paixão, até o fim de suas vidas. E o mais surreal de tudo isso é que, mesmo após a partida dos dois jogadores, o personagem não foi desativado. Ao contrário: continuou vivo e atuante no jogo, buscando, de quando em quando, tentar seguir comandos análogos aos repassados por seus jogadores donos....

Fim de crônica. Agora a mensagem: o nome do MMORPG jogado por Alice e Bob se chama criar um filho. O nome dado àqueles que o jogam chamam-se pai e mãe. E ele só se acaba para os jogadores quando eles deixam esse mundo. Nesse sentido, eu exorto:

Mamãe (e mães de todo o páis e do mundo), a senhora é a maior jogadora do jogo mais difícil já lançado em todo o universo! E somente o Desenvolvedor do ambiente no qual esse jogo se passa, chamado vida, é que sabe o quão difícil é jogá-lo. Um Feliz Dia das Mães para a senhora, e que todos os filhos e filhas que um dia jogarem este jogo possam lograr êxito conforme a senhora vêm feito.

FELIZ DIA DAS MÃES!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

20 anos de atraso


Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores!

definitivamente, este blog está “nas tralhas” (conforme também ficara o saudoso blog do arroto um tempo desses). isto é o que dá ficar muito tempo sem postar. mas enfim, eis que bateu-me um insight e, finalmente, disposição para escrever. segue, então, o post abaixo. só um detalhe: eu tentei me basear no silvio meira [grande homem esse, recomendo sem medo o blog dele “dia a dia, bit a bit”, é excelente] way of writing (cito logo isso para evitar problemas futuros). sinceramente, não sei se ficou legal. qualquer coisa, basta comentar. sem mais delongas, vamos ao texto:

assanoite” [1] estava eu assistindo o programa “conta corrente”, que passa na globo news, e um comentarista disse o seguinte: “o mundo acadêmico está na faixa de uns 20 anos de atraso em relação ao corporativo” [2]. o jornalista, inclusive, chegou a citar como exemplo uma crise que ocorrera tempos atrás [3] a qual só fora analisada por harvard bem depois, e quando todo mundo já a entendia por completo, outra já havia estourado (a de 2008).

frase de chamar à atenção, moderadamente. conforme dizia o chaves, “não foi lá de chamar muuuita, de deixar todos boquiabertos etc”, porém deixa-nos uma reflexão. é o se guinte: é óbvio que essa latência [4] existe! sempre existiu! e NÃO vai deixar de existir! e, de certa forma, isto pode até ser bom [5]. vamos explicar:

a base para o que digo encontra-se numa frase que escutei de um professor quando estava no primeiro período da faculdade: “o objetivo da universidade é repassar aos alunos os fundamentos teóricos da área de atuação do curso” [6]. sentença pequena, mas que diz muita coisa.

acredito que você, caro leitor, está cansado de saber [e o deve saber até mesmo mais do que o autor deste post] o quão dinâmico está o mercado de trabalho hoje. se fossemos falar de TI (tecnologia da informação), setor no qual estou em formação, veríamos que está desumanamente mutável. e o que acontece? o jovem, ao entrar numa IES, acha que aprenderá tudo o que está acontecendo de bom neste mundo hoje nas cadeiras universitárias ao longo dos seus anos de estudo. o engano mora aqui, e dele vem a assertiva acima.

pelo elevado nível de dinamicidade dos dias atuais, não dá para abordar tudo [7] em sala de aula. no entanto, para se entender esse mundo de coisas que estão entranhadas no mercado de trabalho, deve-se ter uma base. uma fundamentação teórica, sendo justamente isto o que as IES oferecem. e com qualidade. vamos exemplificar, de início, com TI:

a cada dia surgem cada vez mais soluções em tecnologia: sistemas de gestão empresarial, aplicativos de “criação”, gerenciamento e controle de redes, ferramentas de segurança, modos de cuidar da infra-estrutura tecnológica de uma empresa etc. abordar tudo isso, por exemplo, em uma graduação, pode ser até algo que não valha à pena, pois gastar-se-ia muito tempo para repassar tudo com qualidade ao discentes e, ao final deste período, apareceriam certamente novas tecnologias que “substituiriam” por completo tudo o que fora aprendido.

um detalhe que poucos veem, no entanto, é que todas essas inovações, se observarmos bem, tem suas concepções alicerçadas nos fundamentos teóricos postulados desde o início da computação, ou podem se constituir como um contraponto a estes, salientando-se, claro, que o conhecimento da teoria permitirá, pois, uma comparação do velho com o novo, resultando, assim, em um melhor processo de compreensão.

outra coisa que poucos percebem é algo que os docentes vivem dizendo: “procure por fora”, “aprofunde-se no assunto” etc. eles dizem isso não porque querem aumentar tua carga de estudo, mas por saberem que o conhecimento repassado em sala de aula é aplicado na realidade de modo “diferente” do que é visto em sala, sendo importante estabelecer tais relações. exemplos práticos: PMBOK [8], SCRUM [9] etc. nada mais possuem do que um grande bloco de engenharia de software por baixo a partir do qual ambos “fazem seus nomes”. e quem é que não vê o termo em cursos de computação?

em suma: a universidade não está 20 anos atrás do mercado por acaso. este número pode diminuir? claro: isto está acontecendo, mesmo que em doses homeopáticas. o que quero deixar aqui é que dedicação às disciplinas com real vontade de aprender aliado à atenção ao respectivo mercado atual da área, observando o que está sendo utilizado e trabalhado é a chave para uma boa formação e preparação para qualquer aluno de qualquer curso. e dá certo. é interessante que dê. o mercado, queiramos ou não, exige isso. queremos isso. Agradeço a paciência e um bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo).

-------------------------------
Notas

[1] significa "esta noite". vô costumava empregar o termo. escutem os
idosos, eles tem muito o que nos ensinar.

[2] frase ADAPTADA. como ele expressou isso na TV, e eu não estava com lápis e papel na mão na hora, não deu para transcerver fielmente. a não ser a ideia.

[3] fora uma que ocorrera antes da de 2008

[4] significa "atraso". o termo é muito utilizado na área da tecnologia, mais em "transmissões ao vivo".

[5] é claro que também pode ser ruim, mas isto não é o foco do post.

[6] setença adaptada por motivos parecidos aos explicitados no item [2].

[7] Ou melhor, quase tudo. muitas cadeiras universitárias conseguem explanar aos alunos o cenário atual sobre muitas coisa...

[8] www.pmi.org/

[9] www.scrumalliance.org/learn_about_scrum/ e http://www.youtube.com/watch?v=xa-C0No2Uic

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Poema para O Horto


Antes de ler “O Horto”
Escute bem o que vou lhe falar
Pois um extremo cuidado
Tu deves tomar
Você está prestes a ler
Uma obra singular
Da mestra Auta de Souza
A poesia potiguar

Antes de pegar no livro
Tenha a certificação
De que não tristeza nem depressão
Dentro do seu coração
Caso contrário vá procurar
Outra coisa para fazer
Pois se persistir na leitura
Poderás morrer

Pois mesmo sendo Auta
E ter o céu risonho
Sua vida foi repleta
De momentos tristonhos
Os quais com a amargura do fel
Passou da pena para o papel
E o resultado de tais ações
É o livro que tens em “mões”

Dos mais variados estilos
Auta soube utilizar
Seu verso no entanto
É original e espetacular
Tanto que até Olavo Bilac
Atreveu-se a elogiar

Não se precipite
Em de Auta de Souza alguma coisa achar
Pois tudo o que aprendera na arte de escrever
Procurou em totalidade aplicar

Boa sorte na leitura
Prezado vestibulando
Leia bem, com atenção
Mas cuidado com sua mente
E com o coração

sábado, 4 de setembro de 2010

Carta Argumentativa


Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores! Apresento-vos neste humilde blog uma carta argumentativa que produzi tendo como base uma proposta de redação lançada no blog Central das Letras. Boa leitura a todos, e quem quiser corrigir, corrija a vontade e mande depois as correções para este e-mail. Agora, chega de lero e vamos lá:
---------------------------------------------------------------------------------------------

Currais Novos, 02 de setembro de 2010

Prezado Pena Morta,

    Soube, recentemente, do teu posicionamento sobre a questão de implantar a pena de morte em nosso país. De fato, tal ação mostrar-se-ia significativa para nossa realidade, dado que a eliminação de criminosos poderia, sob certo ângulo, trazer um estado de paz mais garantido à população. No entanto, admito que não simpatizo com tal ideia e, nesta perspectiva, listo abaixo os principais motivos fortalecedores deste pensamento.
    O primeiro deles consiste no próprio direito à vida: quando se comete um crime hediondo capaz de afetar drasticamente a vida de uma família, por exemplo, torna-se claro que o indivíduo praticante do ato desmerecera a maior das dádivas. Todavia, pergunto-lhe: quem somos nós para decidirmos a retirada em questão? Seríamos, pois, capazes e sábios o suficiente para tomar esta decisão? A meu ver, acredito que não, posto que, assim como o infrator, estamos em condições humanas, não sendo, então, ao olhar do criador, melhores ou piores. Dessa forma, a inviabilidade de promulgar a pena de morte fica evidente.
    Diante destas explicações, também afirmo que, estando o criminoso em condições, em se tratando do plano jurídico e natural, iguais a nossa, também é sabido que é possível realizar em cima daquele, ainda em regime de prisão, um tratamento psíquico-social com vistas a reintegrá-lo à sociedade, descartando, assim, a opção de homicídio.
    Quando tive contato com suas opiniões, vi que acreditava na pena de morte como um valor exemplativo bastante para coibir a brutalidade humana. Em relação a isso, devo avisar-lhe que também discordo desta afirmativa, visto que a morte do acusado, em determinadas vezes, pode servir muito bem de inspiração para outros, tendo em vista sua posição de “mártir”, tornando, desse modo, a promulgação em questão uma atitude, em certos casos, insensata. Ao invés disto, poder-se-ia aplicar a prisão perpétua, em virtude do fato de não gerar tantas divergências como a outra. Afinal, se matar é um crime, por que utilizar-se de um matar para condenar outro?
Sem mais,
Paradoxo Penal.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O maior vendedor do mundo


Download aqui

Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores! Depois de quase um mês sem atualização, volto ás atividades falando de uma obra bastante singular escrita por Og Mandino a respeito do marketing. Apesar de ainda não ter lido tal  produção literária, sou certo do seu enorme prestígio dentre os estudiosos da área. Trata-se de uma referẽncia ímpar para quem trabalha na área de vendas e afins, por, dentre outras coisas, dar conselhos imprescindíveis para os mais variados momentos e cenários aos quais um vendedor pode ficar exposto. Boa leitura a todos e a todas!

--------------------------------------------------------

Devido a questões de direitos autorais, faço das palavras do ledmones as minhas:

"- O download dos arquivos deste blog é de total responsabilidade de quem os baixou.
- O autor do blog não se responsabiliza sobre os arquivos que os usuários venham à baixar e muito menos sobre a finalidade dos mesmo."





domingo, 1 de agosto de 2010

SPBC – O último dia [30/07]


Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores! Neste segundo post, escrevo o relato do última dia da SBPC. Vale salientar que, por motivos de tempo e “agenda”, só estou podendo escrevê-lo hoje, dia 01/08. Apesar disso, a memória ainda está fresca (sem malícia, por favor). Como diria um professor meu de matemática, “vamos lá, vamos lá, vamos lá, vamos laaaá”.

Naquele último dia evento, visitei, inicialmente, a CIENTEC, sendo este um evento que estava acontecendo dentro da SPBC, consistindo na exposição de trabalhos advindos de diversas instituições, as quais foram predominantemente constituídas por stands. Fui, de início, ao espaço do CERES (Centro de Ensino Superior do Seridó), no qual haviam pôsteres de trabalhos tanto do campus Currais Novos (eram do curso de administração) quanto do de Caicó (curso de Geografia). Na verdade, o CERES abarcava três stands, dentre os quais tinha um que falava sobre xadrez. Nele, meu irmão e meu primo (que estavam comigo apreciando o evento) jogaram um partida, ocasionando em vitória para o primeiro citado.

Muitos cursos da UFRN Natal estavam apresentado suas “produções” no evento, além de outras instituições não-educacionais, como o HOSPED e algumas das DIREDs. Lembro que teve um momento no qual a “rádio local” começou a tocar músicas de desenhos animados antigos (ex: He-Man, Jaspion, Capitão Planetal), ocorrendo, nesta hora, um momento bastante nostálgico, o qual fora quebrado bruscamente quando começaram a tocar a música do Ben 10. Horas mais tarde, fura (novamente) visitar a EXPOTEC, e, neste dia, pude apreciar bastante coisa, uma vez que tive um pouco mais de tempo do que no dia anterior. Passei, primeiramente, por um espaço no qual era mostrado um “esterilizador” de frutas à base de raios gama. Era simples: a fruta era colocada diante de um “canhão de raios gama” e recebia uma certa quantidade de radiação destes, a qual conseguia matar todas as bactérias presentes no alimento. Em contato (por longo período de tempo) com a pele humana, no entanto, tais ramos podem causar queimaduras graves.

Mais tarde, visitei um espaço no qual estava havendo a amostra de um software (livre) chamado MUAN (Manipulador Univesal de Animação), desenvolvido pelo IMPA (Instituto de Matemática pura e Aplicada), pelo qual era possível produzir, e de modo bastante simples, animações stopmotion. É muito fácil de usar, sendo necessário, além dele, apenas uma câmera de filmagem.

Continuando as passagens, dirijo-me ao stand do INMETRO, no qual haviam alguns jogos de quebra-cabeça bem legais, além da amostragem de alguns produtos divulgados pelo instituto para o teste de outros. O horário do almoço chega e, após tal período, ocorrem duas surpresas: a primeira é a de que Marina Silva estava, sim, no evento, sendo sabatinada, e o lançamento, na cooperativa de livros da UFRN, da coletânea de contos “Espinhos e Alfinetes”, do contista e publicitário João Carrascoza (não sei se o segundo nome está correto. Caso não esteja, mil perdões). A tarde, por fim, visito alguns pôsteres que estavam sendo expostos na SBPC, mais especificamente, os de humanas (o que eu queria mesmo era ver os de tecnológica [mais especificamente ainda, da minha área, Ciências da Computação]. Acontece que, como estava acompanhando minha mãe, a qual também apresentara um pôster no evento, não deu para apreciar os do meu desejo). Além do de mãe, dei uma conferida noutros, como o de um que falava da síndrome de burnout, a qual está bem relacionada ao estresse no trabalho; e outro sobre os pleônios de Virtrúvio e a arquitetura grega (algo assim), sendo bem interessante este pôster.

E termina, assim, minha visita à SPBC. Espero que os relatos aqui escritos possam ser bem aproveitados e bem relatos a todos vocês, e espero também podem passar a mensagem de que o evento é muito, mas muito, grande. Próximo ano, ele ocorrerá em Goiás. Agradeço a paciência e um bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo).

SPBC – O penúltimo dia [29/07]


---------------------------------
ATENÇÃO: O texto abaixo fora escrito no dia 29/07/2010, e será publicado dia 01/08/2010, quando eu voltar de Natal.
---------------------------------

Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores! Depois da convocação, agora temos o relato. No entanto, será apenas do penúltimo e do último dia do evento (que começou no dia 29/07 e terminará amanhã, dia 30/07 [estou escrevendo este post no dia 29/07. Domingo sairá ao ar]), uma vez que foram os únicos os quais pude participar (não deu para ir à Natal nos outros três dias). Mãos à obra, então!

Como falara na convocação, o (segundo o que li num jornal da UFRN) maior evento científico da América Latina aconteceu na cidade de médio porte da UFRN. Você não leu errado, caro leitor: o campus de Natal é tão grande que sua área é maior que a cidade de Acari (depois visitem este blog, é muito bom). Durante a semana, inclusive hoje (29/07), ocorreram dezenas de palestras, simpósios, exposições (stands, pôsteres, por exemplo) etc. Infelizmente, não assisti nenhuma hoje (na verdade, só o finalzinho de uma, e parecia ser muito boa), e também não sei se assistirei amanhã (caso você, neste momento, chegue a pensar “que relato 'chibata'”, não se preocupe). Uma característica interessante do evento é que a cada edição o mesmo apresenta um “tema principal”, sendo o desse ano “Ciências do Mar”. No próprio site do evento, há a sua programação, a qual conteve muita coisa relacionada ao tema. Hoje, no entanto, visitara mais a Expotec (conjunto de exposições que estava acontecendo durante o evento).

Dividida em três pavilhões, as exposições continham stands das mais variadas instituições, tais como os de física (Ex: INPE, outra sobre reação nuclear, havia uma de uma empresa que desenvolvera um sensor, dentre outros), de organizações públicas (Marinha Brasileira, IFRN, Ministério da Saúde) e até mesmo bancárias (Banco do Brasil). Lembro que passei um bom tempo no espaço do PaqTec (Parque Técnológico da Paraíba, ou algo assim), a qual consistia numa empresa parecida com uma incubadora, mais destinada à empresas que estão começando no ramo da informática, oferecendo apoio a estas. Conversamos bastante com um dos representantes, e acabei aprendendo um conceito que até então não imaginava conhecer: grades computacionais. Para explicar o termo, façamos a seguinte “experiência” (contada pelo representante, Diogo): você tem um queijo muito grande e pretende “gastá-lo”. Das “alternativas” abaixo, qual é a que faz o queijo ser totalmente consumido mais rapidamente:


  • Colocar apenas um rato para comê-lo todo

  • Dividir o queijo em pequenos pedaços e dar cada pedaço para um rato

Quase que obviamente, a resposta seria a segunda opção. Grades computacionais são assim, sendo o queijo um programa que exige um altíssimo poder de processamento e os ratos, uma verdadeira “coletânea” de computadores “desocupados” (ex: os que não estão sendo usados num laboratório de informática, ou até mesmo os que estão, sendo que seus processadores estão “trabalhando pouco”). Se olharmos por um lado, podemos perceber que tal “metodologia” poderia ser aplicada em grandes empresas, as quais, em vez de comprar um supercomputador muito caro, poderiam comprar outros de processamento bem menor, porém mais baratos (apesar de, neste caso, ser necessária uma análise de custo-benefício). Queiramos ou não, esta tecnologia existe, e já temos uma solução nacional (feita em Campina Grande/PB) que trabalha com isso: o OurGrid.

Um fato que presenciei hoje fora o seguinte: na quarta-feira (28/07), eu vi, na programação, que os candidatos à Presidência da República viriam para o evento. Segue até abaixo o que iria acontecer (o material abaixo fora retirado do site da SBPC):

Quinta-feria, 29/07
Sessão Especial - das 12h00 às 13h00
ELEIÇÕES 2010 - ENCONTRO COM OS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Auditório da Reitoria
Coordenador: Marco Antonio Raupp (SBPC)


Era óbvio que eu iria assistir ao encontro, imaginando ser um debate entre eles (coloquei até na minha “agenda da SPBC” [coisas que iria assistir. Infelizmente, não pude assistir nada]). Chegando no auditório, acabo descobrindo que, na verdade, não seria um debate, e sim apresentações isoladas de cada candidato. Detalhe: Dilma já havia apresentado na quarta. Não bastando isso, Serra e Marina cancelaram suas “presenças”. É, amigos: dessa vez, conseguiram driblar a reza tantas vezes exigidas pelo ajoelhar. “Uma lástima”? “Tristeza”? Que nada: com o perdão do termo, “F*** mesmo”, mas são políticos, são ocupados, fazer o que? E, tomando emprestado a expressão de um famoso blogueiro caicoense (Jefersson [espero ter escrito o nome corretamente, caso contrário, mil desculpas]), e vamo que vamo.

Nem só de ciência vive a SPBC: eventos culturais é o que não faltaram. Começando, de início, pelas apresentações musicas: Tom Zé, Zeca Baleiro e outros músicos compareceram(ão) ao evento, e deram(arão) shows muito bons (pena também não poder participar). Lembro que, durante a visita aos stands, passei também por dois de sebos, os quais estavam vendendo muita coisa bacana. Não posso deixar de falar, também, da apresentação de mamulengos que, segundo pai, apresentaram uma estória que já é “divulgada” há mais de 60 anos: a do capitão joão-redondo (meu avô falava muito dele).

No mais, estas foram as principais coisas que pude prestigiar hoje. É claro que ocorreram mais, e tiveram mais detalhes em algumas, mas isto deixaria a postagem maior e mais cansativa. Isso sem falar que amanhã tem mais SBPC, e será o último dia. Então preparem-se que virão mais relatos. “Por enquanto, é só isso”. Agradeço a paciência e um bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo).

domingo, 25 de julho de 2010

Browsers League


Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores! Em comemoração aos 200 tweets do Twitter do Inácio, trago-vos dois presentes de aniversário: o primeiro é a criação da categoria reportagens, a qual terá textos falando de algumas coisas da vida (e já temos uma: alguém se lembra do “The hole is deeper...”?). A segundo presente é mais uma reportagem para servir de companhia para a outra: Browsers Cup. Caso trocássemos o “cup” por “wars”, muitos de vocês já saberiam o assunto, não é? Pois é meus caros, hoje falaremos de uma parte bastante comentada hoje em dia sobre a história dos navegadores de internet: seus combates. Buscando fugir da rotina (como diria Jackie Chan: “Para que serve a guerra? Não serve para nada”), lanço aqui uma nova analogia: a de um campeonato de futebol, com diversos times. Iniciemos a reportagem sobre seu sistema de competição:

SISTEMA DE COMPETIÇÃO

Assim como o Brasileirão, a Browser League também funciona sob o sistema de pontuação. A principal diferença nele é que, ao invés de futebol, as partidas disputadas são análogas a um jogo de trunfo: para conseguir pontos, é preciso ter os melhores requisitos, tais como velocidade, estabilidade, bons recursos, boa renderização de gráficos, dentre outras. O que conta mais, no entanto, é a sua torcida, ou seja, quanto maior, melhor a posição na tabela. Outra característica marcante da liga é a sua flexibilidade: toda vez que um browser nasce, este já entra automaticamente no campeonato, saindo dele caso “faleça” ou fique descontinuado. Uma marca famosa do torneio consiste em possuir uma divisão única, sem zona de rebaixamentos, nem classificação. Outro ponto importante a ser comentado acerca do torneio são os seus juízes: são vários e bastante rigorosos, tais como o peacekeeper e você. Isso mesmo, o próprio fato de nós escolhermos utilizar um browser também influencia para a classificação do campeonato. Pois é, caro leitor, a briga é grande e, assim como o futebol brasileiro, o mundo dos navegadores também possui seu “Clube dos 13”. Falemos, pois, de alguns deles:

TIMES FAMOSOS

MOSAIC

Até 1993, a Browser League só tinha navegadores em modo texto (isso mesmo, estilo o DOS), não havendo, assim, uma noção clara de coisas como a zona de rebaixamento (todos tinham praticamente a mesma pontuação). Quando o mosaic entrou no campeonato, a posição de primeiro lugar passou automaticamente para si: foi o primeiro a possuir interface gráfica, deixando, assim, os outros navegadores para trás. Era o início de uma nova, e bem mais competitiva. Com o passar dos anos, muitos times bem mais fortes começaram a entrar no campeonato, o que tornou a torcida deste navegador revolucionário diminuta, tanto que, em 1998, sem torcedor algum, este valente navegador acaba “pendurando as chuteiras” e deixando o campeonato.

NETSCAPE

Como falei anteriormente, toda a torcida do mosaic desapareceu. O leitor, então, pergunta: para onde ela foi, então? Para o netscape, um time que, na época, era o equivalente ao plantel do flamengo no início de 1995. Ele entrou no torneio em 1994 e, durante os jogos, “dava uma pisa” em qualquer outro que encontrasse (ao contrário do flamengo no ano do centenário), inclusive o... mosaic! A torcida deste último, insatisfeita com os resultados, acabou vindo para o que estamos falando. E a que já estava nele, era um povo feliz, até entrar outro time que “deu um chocolate” nele (apesar de, hoje, o netscape ainda fazer parte do campeonato e ainda possuir uma torcida considerável [parece muito com outro time que falaremos depois. Vou dar uma dica: panda vermelho]). Estamos falando do...

INTERNET EXPLORER

Desde 1995 participa do campeonato. Como falamos antes, ele ganhou facilmente não só do anterior, mas também de todos os outros, atingindo, em poucas rodadas, o primeiro lugar. Também pudera: se você tivesse windows, já tornar-se-ia automaticamente um torcedor dele (o navegador, a partir do 95, vinha junto com o sistema). Tanto que muita gente hoje [SEM CITAR NOMES, CLARO] ainda associa a própria internet ao navegador (veja o nome dele). Além de ser “impossível” desinstalá-lo, até o Linux tem uma “versão” o IE: procure pelo pacote ies4linux e achará uma adaptação. Pois é, meu povo: até hoje ele está em primeiro lugar, apesar de muitos times beem fortes participarem do campeonato. Pergunta-se: como isso é possível? Leia a terceira e a quarta linha deste parágrafo e saberá o por quê. Sua “imensa torcida bem feliz (hoje, talvez, bem infeliz)” está, no entanto, em (pequena) decadência, devido, principalmente, ao nosso próximo time:

MOZILLA FIREROX


Apesar de ter entrado em 2004, o browser começou a ganhar torcida alguns meses depois, ocupando, hoje, a posição de segundo colocado. Este, no entanto, poderia estar muito bem em primeiro lugar, visto que possui recursos que deixam o IE chupando o dedo, tais como plugins, estabilidade, velocidade etc. possuindo, no entanto, um contra muito “alfinetado”: seu (em alguns casos, absurdo) consumo de memória (cada aba, geralmente, “come” algumas dezenas de megabytes de RAM). Apesar disso, se não fosse a onipresença do Explorer (pelo menos no windows), além da dificuldade em eliminá-lo, dentre outras coisas mais, talvez conseguisse o pódio. Mesmo tendo uma torcida fiel e, muitas vezes, organizada (algo como a do Corinthians), a raposa de fogo possui adversários fortes, os quais, diversas vezes, ameaçam pegar para si sua torcida, como o...

GOOGLE CHROME

Time revelação do campeonato, o chrome possui como pai a empresa mais famosa da internet. Paradoxalmente, ele foi construído com base no firefox, questionando, de um certo modo, sua “originalidade”. Apesar disso, ele veio cheio de novidades, como um espaço útil bem maior que o Firefox, além de executar numa “caixa de areia”, fazendo-o trabalhar “desvinculado” ao sistema operacional. No campeonato, encontra-se atrás do MF.

É claro que existem outros bastante famosos e tão poderosos quantos estes comentados, como o Opera, o Safari e outros. Apesar de tudo isso, caro leitor, quem decide qual usar é VOCÊ. A dica que eu dou no momento de escolha de um navegador é o seguinte: prefira aqueles cujo consumo de memória seja compatível com o seu computador, possua os recursos que você necessita e, claro, atenda a o que você quer. Usar mais de um também é bastante recomendado. No fim das contas, contudo, permanece a “máxima”: o poder [no caso, de escolha] é de vocês! Um Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo).

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Tem caroço nesse angu


Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores! Hoje, neste clima de festa no Seridó Oriental, venho comentar sobre um assunto bastante discuto no mundo da tecnologia em geral, buscando abrir algumas reflexões: a antena da Apple. Para aqueles que não sabia do fato, vamos a ele: recentemente, em junho, a empresa de Steve Jobs lançou a versão mais recente do balado iPhone 4, o qual apresenta, dentre outras tantas coisa, uma antena como acessório. No período do seu lançamento, muitos consumidores começaram a fazer reclamações sobre aquela, alegando “falhas” na recepção do sinal. A causa apontada fora que, quando a mão do usuário toca determinada parte do aparelho, o sinal cai. como O “caso” deu o que falar e, há alguns dias atrás, Steve resolveu dar cases (capinhas) de graças para seus clientes, além de ter pedido muitas desculpas [mais informações neste link e neste, os quais eu me baseei para produzir o post]. Vamos agora ao comentário:

Lanço, antes de tudo, o seguinte tópico frasal para inciarmos: algumas coisas estão estranhas (ou estranhas demais) nesta sequência de eventos (para não dizer “tem caroço nesse angu”, o que explica, assim, o título do post). Tomemos como base a parte do aparelho causadora da baixa do sinal, como mostra a figura abaixo, retirada do blog Re:Bit:



À primeira vista nada demais. Perceba, no entanto, que a área em voga encontra-se na região inferior do aparelho. Ora, toda antena que se prese fica, quase que obrigatoriamente, na parte superior, seja de um telefone, seja de um roteador de internet sem fio etc. Ou seja, é, pelo menos no senso comum, impossível uma área poder ter tamanha influência em outra que está exatamente oposta a si. Abramos, antes de continuarmos, um parêntese para postularmos a seguinte indagação: em qual do iPhone 4 fica essa antena? Resposta pessoal: não sei. Trago, todavia, duas opções de resposta: a superior e a inferior. Discutamos, pois, acerca das duas respostas:


Região inferior: Neste caso, fica respondido o porquê da perda de sinal. Fim de papo? Ainda não, e, numa oportunidade como essa, questiono: por que colocar uma antena nessa região, se na superior a recepção é, por vezes obviamente, melhor?

Região superior: Se a resposta for esta, a situação complica, pois como é que uma região “extremamente” oposta a outra consegue, ainda assim, interferir desse jeito, e, ainda por cima, devido a um simples posicionamento da mão na região? Uma possível resposta para isso seria uma provável geração de um campo eletromagnético por parte desta região em direção à outra, mas isto é algo um tanto improvável (e, muitas vezes, viajante).

Como pudemos ver, em ambos os casos há estranheza. Segundo Jobs, tudo não passou de um “erro humano”. Realmente, pode até ter sido. Mesmo assim, a hipótese de “erro premeditado” (produzira-se este erro de propósito) persiste, tanto que outro detalhe que eu percebi nas notícias foi a seguinte: Steve Jobs não fez recall. Apesar desta ação não ter sido necessária, ela, ainda assim, seria coerente. Quer um exemplo? Alguns meses atrás, uma montadora famosa de carros japonesa realizou um recall grande de seus veículos, devido a um problema no motor. No caso da Apple, o problema não é lá muito diferente. Neste ponto, eu, mais uma vez, pergunto: por quê não fazer recall? Será que este “problema” é tão “pequeno” a ponto de uma simples case já resolvê-lo, pelo menos em parte? Ou será que tudo não passou de uma jogada estratégica da empresa para aparecer mais nos meios de comunicação em massa? Sinceramente, não sei se “ninguém sabe”, uma vez que pode haver alguém possuidor da resposta. Até este novo iPhone, o último lançamento da empresa (pelo menos em termos de hardware) fora o badalado iPad, o qual, segundo as “más línguas”, parece não ter alcançado o sucesso esperado. Em busca de medidas rápidas, o telefone acaba sendo a vítima, e o resultado está aí, estampado nos portais de notícias online e até neste blog. Bem, são só suposições, mas uma coisa eu posso afirmar: se a “estória por trás dos fatos” for realmente esta, pode-se dizer que a Apple conseguiu, pois, como é dito no popular, “a boca foi (e ainda é) quente”. Um Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo).


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Muito além de uma simples escolha

Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo), amigos leitores! E vamos nós cumprindo mais uma promessa de post, e, dessa vez, sobre um tema muito pouco comentado, mas que está bem agregado ao seu povo e, desse modo, à sua cultura. Trata-se de “ser judeu”. O termo, apesar de não ser tão estranho, possui um significao bem mais forte do que se pensa. Comecemos, pois, explicando algumas coisas do período anterior: quando alguém se converte (ou retorna) ao judaísmo, esta pessoa não estará adentrando apenas numa religião, mas também num estilo de vida. Este ser estará fazendo parte de uma civilização milenar, existente desde os anos de ouro do império mesopotâmico, e que está viva até hoje. É incorporar sua cultura, seus costumes, ou seja, é integrar-se numa unidade sólida e, de um certo modo, tradicional, uma vez que a fidelidade às leis é tão grande quanto a adoração a D-us. Vê-se, assim, que tornar-se judeu “traz grandes responsabilidades”, e é verdade. Como eu discorrera anteriormente, ser judeu é estar inserido numa unidade. Existe, porém, um detalhe nisso: esta unidade é muito valorizada pelo povo judeu, tanto que a miscigenação é combatida com vigor, como explicita os seguintes trechos da ToRaH (transliteração hebraica do vocábulo תורה, que significa pentateuco):

Bereshit (Gênesis em hebraico) 24:1-4 - E era Abraão já velho e adiantado em idade, e o SENHOR havia abençoado a Abraão em tudo. E disse Abraão ao seu servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe agora a tua mão debaixo da minha coxa, Para que eu te faça jurar pelo SENHOR Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito. Mas que irás à minha terra e à minha parentela, e dali tomarás mulher para meu filho Isaque.

Bereshit 28:1 - E Isaque chamou a Jacó, e abençoou-o, e ordenou-lhe, e disse-lhe: Não tomes mulher de entre as filhas de Canaã;



Vaycra (Levítico em hebraico) 21:15 -
E não profanará a sua descendência entre o seu povo; porque eu sou o SENHR que o santifico.

Como é possível ver, a manuntenção da linhagem sanguínea é fundamental, sendo isto o principal fator que mantêm os judeus unificados sob um mesmo ideal. Há, assim como acontece em certos pedaços da vida, um porém, chamado diáspora. Junto com as invasões estrangeiras, nazismo e outros movimentos, esta fora, se formos observar, uma tentavia sutil de desestruturar o povo hebreu, sem sucesso. Surgiram, ainda assim, as “sequelas” (mesmo sendo um termo forte, você entenderá o significado): em teoria, todo , judeu nasce (ou deve nascer) em Israel, o que já não é mais observado com os enormes deslocamentos ocorridos desde a época do império romano. Trocando em miúdos: muitos judeus começaram a nascer em outras partes do mundo, não deixando de ser judeus, uma vez que carregam, no sangue, o DNA do seu povo. Surge, então, o seguinte problema: deve-se (ou não) “aceitar” tais descendentes como judeus? De acordo com o que fora explicado aqui, o “sim” parecer ser bastante óbvio certo? Errado, tanto que uma das grandes questões discutidas dentro do judaísmo, e um dos movimentos mais fortes existentes acerca do tema é o marranismo, termo do qual origina-se o termo marrano, que siginifica “convertido à força” (aproveito a oportunidade para recomendar o livro ”Nos passos do retorno“, de João F. Dias Medeiros e o documentário ”A estrela oculta do sertão“, cujo produtor não me lembra agora). Um exemplo bastante útil para o emprego são os cristãos novos (judeus convertidos forçosamente ao catoliscismo), e muitos deles estão no Brasil, inclusive na região Nordeste, dando destaque especial para Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Nesses estados, existem diversas famílias cujos ascendentes são judeus e muitos nem sabem disso, havendo também aqueles que sabem disso e hoje retornaram (o termo “converteram-se” só pode ser aplicado a quem não possui ascendência judaica) à religião, fora os milhares de marranos que vivem pelo mundo afora, e que desejam fortemente entrar para essa imensa família. A questão, caros amigos, é justamente como eu falei anteriormente: ACEITAR. A boa notícia é que isto já está começando a ser feito. Prova disso é que, alguns anos atrás, o rabinato israelense enviara para Natal um rabino para cuidar dos processos relativos ao retorno. A notícia que eu retuitei, neste enorme sentido, já traz para um considerável contigente de pessoas um sinal de esperança e fé, nessa constante busca por uma merecida integração. Um Bom dia (caso seja), boa tarde (se for), boa noite (sendo).